Pós 25 de abril
Passadas as comemorações da Liberdade, decidi hoje abordar um tema sensível, digamos assim. Passaram 9 meses desde o dia 23 de julho, em que perdi o meu tio. Neste momento, ao lado da minha secretária, na estante onde tenho os meus livros favoritos, guardo o candeeiro da mesa de cabeceira dele que consegui resgatar, foi o candeeiro que lhe deu luz até ao dia em que foi para o hospital e de lá não saiu mais. Esta minha grande perca, associada a outras percas, veio me complicar o meu sistema, digamos assim. Procurei ajuda e, há uns meses, que tomo uns "quimicos" famosos. E perguntam vocês porque estou a escrever isto. Porque a vida é uma roda que por vezes se enleia. Neste caso o enleio tem a ver com o facto de os químicos me levarem a tristeza e o desgosto mas, de certa forma, me tiram as lembranças e isso custa e muito! Resta-me o candeeiro!