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A mostrar mensagens de abril, 2020

Bom dia,

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Recordar

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Recordar a Rua Sésamo,  aqui  neste artigo da MAGG.

40 dias

Faz hoje 40 dias que aqui estamos. Por hoje, é só isto.

Vou ter muitos pontos mesmo

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Vidas futuras

Ao que parece, a nossa vida, lá para maio, vai começar devagarinho, a voltar ao normal. Mas, ao que parece, a máscara será o novo acessório da moda. E como as máscaras cirúrgicas são caras e só servem "para uma vez", as máscaras de tecido vão ser o novo acessório das nossas vidas. Logo ao início da pandemia, houve quem começasse a fazer máscaras de pano para combater a falta das cirurgias.  Houve também logo quem levantasse a voz dizendo que não serviam. Mas, parece que o povo deu a volta à questão. Podem-se fazer máscaras de pano, com abertura para colocar o filtro e o filtro pode e deve ser esterilizado.  E o que é o filtro?  Há muitas opções mas parece que a melhor é "TNT" (tecido não tecido). Fica aqui  o artigo  que explica como fazer máscaras caseiras. Fica aqui também do  documento  da DGS que indica como se podem e devem certificar máscaras, para quem as quiser certificar. Eu, como não sei costurar, vou comprar, embora, hoje, me tenham

CELEBRAR ABRIL

Esta quarentena está a custar a todos. Não têm sido tempos fáceis. Festas de aniversários que não foram comemoradas. Almoços de família que não se realizaram. Um sem número de coisas adiadas ou que nunca vão acontecer. Mas, é um facto, já todos estivemos isolados, num momento das nossas vidas. Quer tenha sido quando nascemos ou quando nasceram os nossos bebés. Ou por motivos de doença, como foi o meu caso. Outros por terem estado presos, o caso de muitos camaradas, em tempos de ditadura. Foi uma camarada que me fez ver que muitos camaradas estiveram presos, em circunstâncias muito piores que as que vivemos hoje. Sem saber da família, sem video chamadas, sem sequer um papel onde fazer um registo ou escrever uma carta. Os tempos que vivemos, em comparação com passado, são muito fáceis, a muitos níveis. Mas, não posso negar, não comemorar Abril está-me a custar muito. Não dar um abraço a quem sente como eu, não ter uma multidão reunida para cantar a Grândola,

Comidas

São conhecidas, sobretudo entre quem costuma cozinhar, a falta de ideias sobre o que fazer para o almoço ou para o jantar. Desde 14 de março, dia em que nos metemos cá em casa, que tenho apontado todos os almoços e todos os jantares. Aponto para guardar de recordação - espero ter papel suficiente - e para tentar não repetir muito as refeições. Aqui vão algumas coisas que temos feito e comido (uns fazem e todos comem), para quem quiser retirar ideias: - arroz de tomate - já comemos algumas vezes - com dobradinhas ou cordon bleu ou carapaus fritos - favada - há quem coma com sopas de pão e quem coma sem - bifes - convém sempre ter ovo e batata frita - comida de azeite e vinagre - já comemos várias vezes - hambúrguer no pão - iscas - gostamos muito, com arroz branco - frango assado no forno - feijoada mexicana - somos fãs, esta semana vou fazer - carne estufada - lingua, vitela, frango e moelas (com molho de tomate) - pizza caseira e pizza fresca - a Maria gosta mesmo muito

Por estes dias

Por estes dias, vê-se de tudo um pouco. Desde o a quebra do cerco sanitário nos Açores para três filhas se despedirem da mãe, que se pode ler  aqui. Há pessoas em casa, porque foram despedidas. Há pessoas em casa porque a empresa entrou em lay off. Há pessoas em casa a receber salário igual. Há pessoas em casa porque fecharam a porta do seu ganha pão. Há pessoas que ainda não perceberam que só estão abertos supermercados e farmácias e pouco mais. Há câmaras municipais a distribuir máscaras na caixa do correio dos munícipes. Com o fim do turismo, sobretudo na capital, o valor das casas baixou e muito. Há artistas, muitos mesmo, a fazer voluntariado, apesar de alguns serem falsos recibos verdes e não saberem se têm dinheiro no próximo mês. Muitos profissionais deixaram de estar com a família, com medo da contaminação. Há famílias que estão todos em casa, como nunca estiveram, mas onde há aquele que sai para as compras e um deles que tem de ir trabalhar. Há pessoa

Cansaço

Cansaço é o que mais abunda, por estes dias, aqui por casa e no resto do mundo. Cansaço físico e muito cansaço psicológico. Cansaço somado à incerteza do fim. Cansaço de ter uma piolha com pilhas duracel mas que é um amor de menina. Cansaço impossível de ser aliviado porque entre a mãe e o pai, não há mais opções. Apesar do cansaço, chego à cama e custa-me muito adormecer. Preferia outro cansaço, o cansaço de trabalhar dias e dias de seguida. O cansaço de correr do trabalho para as compras, das compras para a creche, depois correr para dar banho e fazer o jantar - cansaço de fazer essas coisas praticamente ao mesmo tempo. Estou cansada sim, sobretudo da incerteza, de ouvir falar sempre do mesmo assunto.

Há pessoas que ficam toda a vida

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Sobre actividades com crianças

Estamos há 31 dias em casa. Há 31 dias que a Maria não vai à creche, não vê os amiguinhos nem faz actividades. Eu estou em tele trabalho, acrescido do facto de ter de fazer praticamente todas as tarefas domésticas e tomar conta da Maria, grande parte do tempo. Assim, juntando o facto de não ter jeito nenhum para trabalhos manuais, expliquem-me lá como é que eu seria capaz de fazer qualquer tipo de actividades com a Maria, para além das normais e para além de controlar que ela come bem, dorme bem, esteja limpinha e lavadinha? Actividades? Não, obrigada, continuo a fazer o que já fazia antes.

Sobremesas

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Eu sempre gostei de fazer sobremesas e desde que comprei a Bimby, mais vontade tenho tido. Mas, não faço as que desejaria, ou porque consomem muitos ovos ou porque sobremesas a toda a hora, não é saudável. Se eu tivesse "outra vida" que não a vida de muito trabalho e de mãe de uma bebé irrequieta, era daquelas pessoas que faziam um bolo todos os fins de semana. Nesta quarentena, já fiz o bolo e aveia e banana, o bolo de mel que faço sem açúcar, uns muffins de maçã que não correram muito bem, pelo meio tivemos o aniversário da Maria com bolo de chocolate oferecido pela Joana e bolo de aniversário (bolo de cenoura com farinha de amêndoa e recheio de chocolate), na quinta-feira tinha feito queijadas de leite e no fim de semana os vizinhos encheram-nos de doces e por isso só hoje voltei às sobremesas. A minha mãe já não faz doces, ou melhor, já não faz os doces que fazia "lá em casa" quando vivíamos todos juntos, há muitos anos. A minha mãe fazia fatias dou

Sobre camionistas

Lá volto eu aos mais frágeis. O meu pai sempre foi camionista. Quando era muito pequena, ia muitas vezes com ele. Conheci muitos sítios e muita gente, aprendi a orientar-me e a não me esquecer dos sítios por onde passava. Felizmente, o meu pai foi camionista fora de Portugal sempre por pouco tempo. Com esta pandemia que se instalou, os camionistas, sobretudo os que andam fora do nosso país, por Espanha e pela resto da Europa, são dos que estão a sofrer mais. Ser camionista não é fácil, ir embora ao domingo, voltar no fim da semana, comer no camion, tomar banho onde é possível, estar longe da família... Mas, nos dias de hoje, no estrangeiro, para além de serem olhados de lado, de estarem interditos de entrar em certos locais, há muitos a passar mal: os sítios onde tomavam banho fecharam, os sítios onde faziam compras ou estão fechados, ou não lhes é permitida a entrada ou não têm stocks. Isto tudo para não falar do quanto é péssimo dormir dentro de um camion, com muito

Abril

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Que o mês da liberdade nos traga esperança.

A contar os dias

A quarentena cá em casa começou dia 14 de março. Portanto, hoje é o 19º dia. Já passaram 19 dias mas não sei quantos dias faltam. Tirando a incerteza da perca de vidas de familiares, amigos ou conhecidos, a incerteza do tempo é uma das minhas grandes preocupações. Não fui feita para estar fechada, não fui feita para estar todos os dias a fazer mais ou menos a mesma coisa e sobretudo, não gosto de incertezas, gosto de tudo muito bem previsto e muito bem planeado, o que, por agora, não é possível.