Por estes dias

Por estes dias, vê-se de tudo um pouco.
Desde o a quebra do cerco sanitário nos Açores para três filhas se despedirem da mãe, que se pode ler aqui.
Há pessoas em casa, porque foram despedidas.
Há pessoas em casa porque a empresa entrou em lay off.
Há pessoas em casa a receber salário igual.
Há pessoas em casa porque fecharam a porta do seu ganha pão.
Há pessoas que ainda não perceberam que só estão abertos supermercados e farmácias e pouco mais.
Há câmaras municipais a distribuir máscaras na caixa do correio dos munícipes.
Com o fim do turismo, sobretudo na capital, o valor das casas baixou e muito.
Há artistas, muitos mesmo, a fazer voluntariado, apesar de alguns serem falsos recibos verdes e não saberem se têm dinheiro no próximo mês.
Muitos profissionais deixaram de estar com a família, com medo da contaminação.
Há famílias que estão todos em casa, como nunca estiveram, mas onde há aquele que sai para as compras e um deles que tem de ir trabalhar.
Há pessoas que têm tempo e possibilidade de colocar a leitura em dia e outros que nem por isso.
Há câmaras municipais a desinfestar lares, outras a promover testes em utentes e colaboradores.
Por estes dias, há de tudo.
Há quem esteja a fazer máscaras de tecido em casa, ou para hospitais e instituições, em regime de voluntariado ou para vender, por quem não saiba ou não consiga fazer.
Há muita coisa e coisas que nos hão de fazer melhores, no futuro.

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