A Filha Mais Velha

Eu adoro listas, listas de compras, listas de coisas para levar nas férias ou no fim de semana, listas de presentes de Natal, ao longo do ano, vou mesmo fazendo muitas listas. Uma lista que nunca me larga, a par da lista de supermercado, é a lista de assuntos a tratar. Parece que quanto menos tempo tenho, mais pendentes esperam por mim. Há uns dias li um artigo que procurei mas que já não consigo encontrar, que apesar de ser publicitário dizia algo do género: seria óptimo não termos assuntos para tratar, que a nossa lista de tarefas estivesse vazia. Este sim, é um dos meus sonhos: haver um dia em que não tenho nada que fazer. E do que são feitas essas tuas listas, perguntam vocês! Desde ir à farmácia, passando por passar a ferro, fazer um doce para levar para uma festa, marcar exames, arrumar assuntos e projectos, a minha lista é sempre muito variada e sobretudo extensa mas acho que essa parte já perceberam! Espero que desse lado, a vossa lista não seja tão longa como a minha!

Ou será ao contrário? Por agora, não importa, o que importa é que nunca tinha ouvido este ditado e, na semana passada, ouvi duas vezes no mesmo dia, embora em contextos diferentes. De facto, faz todo o sentido, a cabeça arrumada ajuda a arrumar a casa e a casa arrumada ajuda a ter a cabeça tranquila. Para finalizar, só vos posso dizer que a minha casa não é muito arrumada, ter uma criança de 5 anos não ajuda, mas, ambiciono um dia te la mais arrumada do que está por estes dias. Assim, podem tirar as vossas conclusões sobre a minha cabeça, mas, a seu tempo, la chegaremos, pois eu sou uma mulher da luta.

A palavra tóxico entrou recentemente na minha vida. Normalmente, quando a saúde mental não está bem, lá aparece a toxicidade. E no que consiste a toxicidade? Explicando bem e depressa são, no fundo, as coisas/as pessoas/as situações que nos fazem mal, que nos tiram do sério ou que nos “minam”. Assim, a nossa saúde mental melhora da quando vamos afastando do nosso dia a dia aquilo ou aqueles que não nos ajudam é só nos empurram para o fundo. Por outro lado, procurar fazer o que mais gostamos ou rodear nos de coisas e pessoas boas, só nos faz bem. Pensem nisso, livrem se do tóxico e vivam a vida!

Costumo dizer que nada me assusta, que não tenho medo de nada, portanto, posso aqui afirmar que há meses que não leio um livro, a não ser de histórias infantis. Como muita coisa está a mudar na minha vida, quero mesmo voltar a ler. Assim, fui ao sótão onde ainda moram os meus livros e trouxe este que já li e sei que vou gostar.

Esta rúbrica vai continuar, só esteve parada uns dias. Hoje vai ser em jeito de história: era uma vez um Senhor Bom mas muito peculiar. Esse senhor foi muitos anos funcionário do Município cá da terra, num cargo com responsabilidades. Infelizmente, já não está entre nós mas, já lá vamos pois, foi uma das grandes perdas que tive em 2022. Lembro me muitas vezes desse Senhor Bom e meu querido Amigo - soube inclusive, depois do seu falecimento, que o carinho e admiração que tinha por mim era mesmo muito grande. Mas, lembro me sempre dele quando vou ao ecoponto ou ao lixo, por incrível que pareça, e outro dia até comentei com uma vizinha, com a qual me cruzei no ecoponto, e colocou as chaves de casa num local seguro, para que elas não fossem para dentro do moloque, por descuido. É verdade, tive a sorte de ter muitos anos na minha vida o Custódio, que tantas vezes foi chamado para ajudar pessoas que deixavam cair chaves, alianças, telemóveis ou outros objectos para dentro do moloques ou ecop

Tenho estado ausente. Alguns leitores saberão o porquê, outros nem por isso. A minha vida está a dar uma volta de 180º e apesar de estar com mais tempo, há muita coisa a tratar, entre novos assuntos e pendentes que tinha há meses. Voltarei à escrita, fica a promessa, por agora, preciso mais de ter tempo para respirar do que me fixar em grandes comprimissos! Até breve!