Sobre Associativismo

No concelho de Montemor, existem mais de uma centena de associações, sempre assim me foi dito e assim é.

Desde cedo que me lembro de "fazer parte" de associações e movimentos associativos bem como de um partido político.

Durante 12 anos, trabalhei numa associação cultural profissional, logo com um cariz diferente das tradicionais associações onde muitos trabalham sem receber.

Este ano, decidi associar me em duas associações e fundar a minha própria.

Decidi ser sócia da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo no início deste ano. Todos devíamos ser sócios desta associação, porque, mais dia menos dia, todos precisamos dela e dos seus serviços. Há uns dias, estive presente na Assembleia Geral desta associação. Não sei quantos sócios tem mas não estavam mais de 20. Esta associação passou em tempos por muitas dificuldades financeiras, situação que a atual direção conseguiu inverter. Portanto, os corpos sociais desta e de outras associações dedicam o seu dia a dia a esta causa, voluntariamente e, ainda por cima, conseguiram reergue-la.

Outra associação da qual agora faço parte como sócia efetiva fica em Évora, é a Sociedade Harmonia Eborense.

Existem muitas diferenças entre estas duas associações, sobretudo na dimensão e nas consequentes necessidades de gestão.

Mas, há dois problemas transversais a estas e a outras muitas associações: a falta (ou atraso) de financiamentos e o facto dos seus diretores exercerem funções de forma voluntária.

No que a financiamentos diz respeito, todas as associações, em geral, têm esse problema, e é algo que deveria mudar, quem sabe com apoio dos municípios. Apesar de tudo, nos últimos tempos, tenho me debatido com essa questão bem como com a falta de apoio que os artistas são sujeitos, seja financeiro, seja administrativo, por isso criei a associação, mas disso falarei mais tarde.

Falta ainda referir que, para que uma pessoa possa integrar corpos sociais de uma associação, um movimento ou um partido político, tem de dedicar muito tempo a essa tarefa. Ou seja, tudo o que aqui escrevi é feito voluntariamente e implica estar fora do seio familiar, ora, quem tem filhos ou outros familiares a cargo, é com muita dificuldade que desempenha estas tarefas.

Por outro lado, ouve se muito dizer que "ninguém quer", ninguém quer assumir mas as entidades foram criadas, algumas com centenas de anos, com algum objetivo e precisam da colaboração e participação dos sócios.




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