MAIS UMA VERGONHA DO NOSSO PAÍS!!!


O meu avô, utente do Serviço Nacional de Saúde, nº 497117937, sofre de demência e princípio de alzheimer.
Seguido, desde há anos, pelo mesmo médico de família, é igualmente seguido há cerca de dois anos, pelo serviço de neurologia do Hospital de Évora.
Na sua terapêutica, existe um medicamento de toma diária e qual eu sei que lhe é essencial.
Desde que o meu avó é seguido pelo serviço de neurologia que teve uma primeira consulta de telemedicina com um médico do referido hospital, o qual entretanto se reformou.
O medicamento em questão apenas pode ser passado por um neurologista. Até há algum tempo, a receita do medicamento era solicitada no Centro de Saúde local e chegava a casa pelo correio, vinda do Hospital de Évora, passada por esse neurologista.
Após a reforma do médico que fez a consulta de telemedicina, este foi substituído por uma médica.
As receitas continuaram a ser pedidas, passadas por essa médica, vieram apenas de uma vez, depois, deixaram de chegar, apesar dos constantes pedidos, por não se perceber o que se passava.
Cheguei ao ponto em que me encontro agora: sem receitas; mas consegui que a farmácia dispensasse o medicamento, uma vez que sou cliente frequente e tenho um cartão onde estão registados todos os medicamentos que me são vendidos.
Esperei pela a receita que nunca mais chegava.
Dirigi-me ao Centro de Saúde que me aconselhou a ligar para o serviço de neurologia do Hospital de Évora, finalmente alguma explicação:
- A Drª não passa receita sem ver o doente.
- Ok, disse eu, e onde está o pedido para consultar o doente?!
1ª falha, recusar-se a passar receita de um medicamento ESSENCIAL.
2ª falha, querer consultar os doentes mas não os informar.
Por fim, percebi que a Drª terminou o contrato com o hospital e que todo o distrito de Évora se encontra sem neurologista e sem receitas de medicamentos necessários diariamente.
Eu e os familiares de tantos doente do distrito solicitamos um neurologista o mais breve possivel mas não a mesma médica que lá esteve até então, pois o seu trabalho deixou bastante a desejar, não por não passar as receitas mas por não solicitar aos doentes a sua intensão.
Entretanto, tenho tido sorte, a farmácia continua a dispensar-me o medicamento que o meu avô precisa todos os dias.
Mas se não me vendessem? O meu avô sofria diariamente as consequências?
Por fim, reparem, nem sequer estou a falar do dinheiro que os meus avós estão a perder.
Alguém que faça alguma coisa para resolver esta situação, de preferência, amanhã!

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