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A mostrar mensagens de 2024

25 de outubro

Fiz 42 anos há uma semana. Este último ano teve de tudo e mais um par de botas, como se costuma dizer. Muito já aqui foi descrito e algumas coisas mais - e até desejos - estão por desvendar. Há uns dias, expliquei a uma sexagenária a expressão "a vida só é dura para quem é mole" e, de facto, assim é: temos um problema? Bora lá dar lhe a volta porque tristezas também já sabemos que não pagam dividas. Neste momento vivo um misto de emoções: pessoas que perdi, uma avó em recuperação depois de um susto, um novo contrato de trabalho a demorar, entre outras coisas menos boas. No entanto, é de um hotel de 4 estrelas que escrevo. E perguntam vocês: como tudo isso é possível? Como tens força e possibilidade no meio desse misto de emoções e estado de vida? Com muito amor, respondo vos eu, porque, acreditem que é possível!

Morreste me

Este título parece plágio mas não é disso que se trata. Este título poderia ser uma frase que eu diria a muita gente, nos últimos tempos. Muitos me têm morrido, não importa se família ou amigos, o que importa é que fiquei sem eles. Custa me sobretudo os que me morrem de repente e sobretudo os que me morrem com aquela doença que nem consigo escrever o nome pois os dedos fogem me das letras que o compõem de tão estúpida que é a doença, por fazer sofrer quem dela sofre, por fazer sofrer os que estão à sua volta e que demasiadas vezes leva quem ainda podia tinha muito por viver. Por falar em morrer, hoje "morreu-me" mais uma e se ela era grande mas morreu me na mesma. Como é possível este mundo estar cheio de injustiças? Onde crianças morrem sem culpa, onde adultos que mereciam viver e aproveitar a vida a vêm ceifada sem piedade?

O que fizeste neste verão?

O verão que agora terminou foi de facto um verão de mudança e de muita coisa a acontecer. Em termos de trabalho. continuei tal e qual a prestar serviços de produção. No entanto a produção levou me a prestar serviços para uma associação na preparação, manutenção e limpeza de um espaço expositivo que inaugurou no fim do verão bem como acabei por fazer serviços de frente de sala em praças de touros. Por outro lado, especializei-me em limpezas, quer sendo a fazer manutenção num turismo rural assim como tive o gosto de ajudar um amigo na manutenção da sua casa enquanto veio visitar o seu Montemor; é certo que foi um trabalho pago mas foi muito específico e uma boa experiência para mim, uma admiração para outros. Por fim, acabei o verão a servir ao balcão de uma das melhores pastelarias da cidade, com entrada ao serviço às 6h da manhã, o que me proporcionou belas sestas depois de almoço. Cruzei me no entanto com pessoas muito admiradas:  "fazes limpezas? com um curso?", sim, faço, ...

Travesseiros

Hoje escrevo sobre travesseiros e não, não estou a falar do doce, é aquela almofada gigante que se usava dantes. Felizmente, na minha infância e adolescência, no monte do meu avô, dormi muito em travesseiros. Na casa da minha avó também havia. Parecia me que este tipo de objecto para dormir tinha caído em desuso mas parece que não.  Há uns dias fiz uma escadapadinha até Porto Covo, num alojamento onde nunca tinha estado e heis que lá estava o travesseiro na cama, havia almofadas na cama é certo mas o travesseiro faz com que se durma mais próximo da pessoa que partilha a cama connosco!

Sol, Água e Areia

Posso não ser a maior amante de praia, vivo bem sem ela mas, é impossivel descartar o facto de que ir à praia regenera qualquer um, ao nivel do corpo e da mente. Sol, água e areia em conjunto com o silêncio, caso nos consigamos abstrair do que se passa à nossa volta, provoca uma sensação de leveza e descanso que não se consegue em mais nenhuma outra circunstância. Todos deveriam ter essa oportunidade mais que uma vez na vida mas nem todos os conseguem, nem todos vivem junto ao mar ou mesmo podem não ter noção do bem que esta trilogia provoca.

Sobre café

Nos últimos tempos tem entrado na minha vida pessoas que não bebem café. Como assim há pessoas que não bebem café?? A verdade é que existem mesmo pessoas que conseguem sobreviver sem café. Sempre bebi café, comecei a beber com um pacote de açúcar e depois retirei todo, sim, sou dessas pessoas que bebe café sem açúcar. O meu dia começa com um café e ao longo da manhã vou bebendo vários. O meu dia nao funciona, ou pode mesmo ser da minha cabeça, sem um café de máquina. Adoro um café bem tirado, de preferência meia chávena fria, nem curto nem normal, mesmo meia chávena. Normalmente só bebo cafés de manhã, só quando vou fazer serão bebo café depois de almoço. Para mim, a vida não faz sentido sem café!

A vida dá muitas voltas e o mundo é uma ervilha

Todos nós já ouvimos estas duas expressões que são realmente bem verdadeiras. Como já aqui escrevi, num momento estamos bem e o noutro instante estamos mal, ou vice versa. A minha vida tem sido uma autêntica montanha russa, de sobe e desce de entre o positivo e o negativo, entre o estar bem e o estar mal, entre o estagna e o anda a 100 à hora. Junho já lá vai e julho está acelerado, o verão vai passar a correr e depois Feira e Festa e depois aniversário (já serão 42!) e Natal, festinhas e foi se 2024. 2024 tem sido mesmo o ano da mudança em vários aspetos no sentido de melhorar a minha vida, sempre na busca da felicidade mas sobretudo, na busca da liberdade. Parece que LIBERDADE passou a ser a minha palavra favorita, embora ainda não a consiga viver em pleno, obvio que tenho a certeza que nunca ninguém a atingirá na sua totalidade. Sobre o mundo é ervilha, também é verdade, uma ervilha muito pequenina que muitas vezes nos surpreende neste caminho que é a vida. Sendo assim, por aqui, a ...

1 mês e 4 dias

1 mês e 4 dias sem escrever mas hoje voltei. Neste mês muita coisa aconteceu, muitas datas se celebraram, muito haveria para escrever mas já sabem que este blog é um filho que fica sempre para último. Quero deixar apenas duas notas: 1 - durante 9 dias a cidade de Évora vestiu se de Festival Imaterial, tenho pena que muitos amigos não tenham assistido 2 - no mês de maio fez um ano que decidi dar uma volta de 180 graus à minha vida. Muita coisa mudou e mais há de mudar mas o que mais mudou foi a minha cara, que sorri mais por fazer coisas bonitas e ter pessoas bonitas à minha volta.

1 ano

Faz hoje um ano também era obviamente Dia do Trabalhador. Nesse dia, contra minha vontade, fui obrigada a ir trabalhar. Por um lado fui contravontade mas, por outro, ainda bem que fui. Maio de 2023 foi um mês decisivo na minha vida, incluindo a nível laboral, pois, nesse mês foi possível perceber que estava há tempo demais a trabalhar naquele local. Maio de 2023 foi um mês agridoce. Mas, voltando ao início, ainda bem que fui trabalhar, que esse dia teve consequências e consegui perceber bem o mundo que me rodeava.  

Sobre Associativismo

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No concelho de Montemor, existem mais de uma centena de associações, sempre assim me foi dito e assim é. Desde cedo que me lembro de "fazer parte" de associações e movimentos associativos bem como de um partido político. Durante 12 anos, trabalhei numa associação cultural profissional, logo com um cariz diferente das tradicionais associações onde muitos trabalham sem receber. Este ano, decidi associar me em duas associações e fundar a minha própria. Decidi ser sócia da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo no início deste ano. Todos devíamos ser sócios desta associação, porque, mais dia menos dia, todos precisamos dela e dos seus serviços. Há uns dias, estive presente na Assembleia Geral desta associação. Não sei quantos sócios tem mas não estavam mais de 20. Esta associação passou em tempos por muitas dificuldades financeiras, situação que a atual direção conseguiu inverter. Portanto, os corpos sociais desta e de outras associações dedicam o seu...

O Tempo

Já aqui devo ter escrito que o tempo não corre, boa. Lembro me da minha ânsia de fazer 18 anos, pois bem, desde aí que parece que o tempo corre e já vou a caminho dos 42. Os dias passam a correr e as rotinas repetem se cada vez com menos tempo de intervalo. Para a semana a minha filha faz 6 anos e parece que ainda foi ontem que me abriram a barriga para a tirar. O tempo é algo que não conseguimos controlar mas devíamos  ter um mecanismo para o parar de vez em quando.

O que devemos privilegiar

Há uns tempos encontrei uma publicação que resolvi anotar, tem a ver com as prioridades que uma mulher deve priorizar na vida, para além do trabalho, da casa e da família, a saber: - almoçar ou jantar com amigas/amigos - ir ao cinema e/ou ver séries - ler um livro - cuidar da pele, do cabelo, dos dentes e fazer depilação (eu acrescentaria fazer massagens regularmente) - comprar roupa - deitar cedo Então da minha parte, o que tenho cumprido!? O primeiro e último pontos bem como tentar cuidar um pouco mais de mim! Amigos e amigas, pensem em vocês!

Detox do Mundo

Hoje de manhã, bebi café com uma amiga que me dizia que tem muitas tarefas na sua vida e aos poucos, está a tentar reduzi las. Tenho cada vez mais vontade de fazer o mesmo. Estou naquela fase em que sinto que tenho demasiadas janelas abertas na minha vida, como um motor de busca de um computador. Precisava de férias de tudo, sobretudo das tecnologias que tanto de tóxico trazem à nossa vida e cada vez menos nos trazem coisas positivas. A vida não é fácil para ninguém e todos têm os seus problemas, as suas dores físicas e psicológicas e as suas fragilidades mas, caramba, as coisas menos positivas podiam ser mais bem dividas, assim como algumas pessoas que não fazem nada pela sociedade, poderiam dar um pouco mais do seu contributo. Sei de um local onde poderia passar dois ou três dias simplesmente a comer e a dormir, talvez daqui a umas semanas, depois de algumas tarefas pendentes arrumadas, o consiga! Torçam por mim!

Admiração profunda

Estive 12 anos numa escola em que o trabalho era praticamente continuo. Ou seja, o telemóvel estava sempre ligado e disponível. Com os tempos, fui diminuindo a disponibilidade. Mas esta escola criou me um hábito de estar sempre alerta, de atender chamadas imediatamente e responder a SMS no momento. Por isso digo que tenho uma admiração profunda por quem não é dependente do telemóvel, por quem demora horas ou dias a responder a uma simples SMS.

Um carrocel ou uma montanha russa, tanto faz!

Tenho vivido nos últimos anos no conceito de que o dia de amanhã nunca ninguém o viu, e é totalmente verdade. Ninguém sabe o que nos espera, já aqui o escrevi muitas vezes. Um dia estamos bem, no dia seguinte estamos péssimos. Um dia vamos passear, fazer compras, temos dinheiro para gastar, no outro, estamos a contar tostões, enfiados na cama, a carpir as mágoas. Um dia o céu está cinzento, no outro, está um calor de rachar.  Na semana passada, partir o ecrã do telemóvel, depois deixou de carregar e tive de fazer um investimento considerável. Em 2025, tinha saúde por todo o lado e de repente, fiquei sem um olho que se foi embora e nunca mais voltou. Cada um de nós encara a vida de forma diferente, uns de forma mais optimista, outros não o conseguem fazer. A vida é injusta, é inconstante, noutro dia já é fantástica e ninguém é totalmente feliz, nem os ricos, nem quem tem saúde, porque, vendo bem, há sempre algo que nos falta.

A minha agenda

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Eu adoro escrever, quer seja aqui, quer seja nas redes sociais, quer nos vários cadernos que tenho. Em 2023, comprei uma agenda convencional e depois ofereceram me uma muito gira, quando comecei no novo trabalho, em julho, criei uma agenda online que funciona até hoje. No entanto, em dezembro, ofereci esta prenda a mim própria, não resisti a um verso por dia escrito por Fernando Pessoa.

Ciclos

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  A vida é feita de ciclos, de começos e de fins.  Ontem houve um fim não propriamente negativo, mas, um fim que me permitirá levar a minha vida de forma diferente e o fim de algo de onde resultou o melhor da minha vida: a minha filha, companheira com a qual irei percorrer a nova estrada, porque “enquanto houver estrada para andar, agente vai continuar”.  Continuaremos de certo os três, lado a lado, embora de forma diferente, porque o mais importante é a nossa “companheira”.

Como foi o mês de janeiro?!

O mês de janeiro tem sempre três aniversários importantes: avó Florinda, avô Zé e Madrinha Paula! Portanto foi um mês de comemorações e de esperança no novo ano que começou. Foi um mês em que houve matança de porco, foi um mês de espetáculos e concertos e foi um mês de pré campanha. Janeiro de 2024 foi também o mês em que decidi finalmente tornar-me sócia da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Montemor, antes tarde do que nunca. Foi em janeiro que comecei a usar mbway, parece surreal mas, para mim foi um grande passo e com grande significado. Para rematar em beleza, foi o mês do registo do nome da associação que irei criar e sobre este assunto, falei aqui um dia em pormenor!

Sobre compras e poupanças

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Com os preços a subir, com as receitas a serem diferentes, cada vez sinto mais que devo poupar no supermercado. Felizmente, durante o ano, há produtos que não preciso comprar como ovos, azeite, louro, cebolas batatas, alhos, pimentão da carne, banha, favas, entre outros produtos da "horta ou dos animais" que são criados na minha agrária paternal e maternal. Outra coisa que procuro não comprar são limões, vou sempre pedinchando. Há uns tempos, dei volta a coisas do enxoval que nunca tinha usado e meti guardanapos de pano a uso, em vez de comprar de papel, compro apenas rolo de cozinha. Deixei de comprar água destilada para o ferro e em breve vou deixar de comprar água engarrafada para beber. Este foi o talão das compras para a semana. Gosto do Continente e do Lidl, o Continente atrai me pelos descontos de 10% e 15%, o Lidl pelos descontos e por produtos. É como se tivesse dois amores e não soubesse de qual gosto mais. Este exemplo é do Lidl - faltam aqui cápsulas de café Delta...

Sem título

Não sei que título dar a esta publicação mas sei exatamente o que pretendo dizer. Quero falar de uma questão que se chama: morrer de suicídio . Aprendi há algum tempo que não se diz: suicidou se mas sim “morreu de suicídio”. Isto porquê!? Porque quem se suicida está doente, quem se suicida tem uma doença mental e por não aguentar mais a doença, suicida se, portanto não é correto dizer "matou-se" porque morreu de uma doença mental que levou ao suicídio. Nos últimos tempos, muitos artistas do nosso país se têm suicidado. Por aqui se vê o quão frágil é a classe artística. E perguntam porquê aqueles que estão de fora e nunca passaram pela situação, porque acontece tanto, sobretudo aos artistas?  Porque não têm trabalho é só recebem quando têm trabalho. Porque tem ambições que não conseguem concretizar. Porque não tem dinheiro que chegue até ao fim do mês. Porque a sua rede social não tem a expressão que pretendem. Estes e outros fatores levam a pensar que não estão a fazer nada n...

Quando nos arrependemos

Há uns dias, o telefone tocou, era uma amiga, daquelas mesmo verdadeiras, do outro lado: o meu cunhado morreu. Sabem!? Eu não conhecia bem mas pelo que se viu depois da sua morte, aquele era uma pessoa verdadeiramente boa. A morte não escolhe e, naquele dia, levou uma pessoa que todos gostavam mas que não estava doente. A morte não escolhe nem velhos, nem novos, nem bons nem maus. A morte vem quando menos se espera. Por isso, há que aproveitar cada dia porque a vida corre e a morte, como já se percebeu, não escolhe só os velhos e os maus, leva qualquer um, mesmo quando não estamos à espera. Há uns meses falei com umas amigas sobre fazermos uma sessão fotográfica, num cenário bonito, só as três, ainda não aconteceu. Há umas semanas, tive outra amiga que me prometeu que me ia ensinar a maquilhar, a usar cremes e outros artigos de beleza, ainda não aconteceu. Não devemos deixar nada por fazer, nada por viver nem nada por dizer porque, um dia, podemos nos arrepender. “Morreu, e não chegámo...

Então e o que tenho feito!?

Se não tenho tido tempo para escrever aqui, o que tenho feito, perguntam vocês!? Tenho feito um pouco de tudo mas sobretudo tenho tentado colocar a minha vida, e a minha casa, em ordem porque se queremos uma vida organizada, é pela nossa casa que devemos começar. No entanto, esse ponto não está fácil, uma vez que estamos aqui há quase um ano e ainda há coisas por terminar. No entanto, com tempo e paciência, acredito que irei conseguir. Tenho tentado livrar me de coisas que me irritam e desgastam, felizmente, tenho conseguido. Saber dizer “não” começa a ser muito importante, cada vez mais, nas nossas vidas. Das listas que hoje em dia todos vemos partilhadas nas redes sociais sobre aquilo que nos faz bem e que devemos priorizar, faz parte aquele belo “comprimido” que se chama “almoçar com uma amiga”. Todos temos amigos, amigos da escola, amigos do trabalho ou amigos da vizinhança. Mas, amigos a quem podemos dizer: tens uma coisa preta no dente, desses, há poucos. Hoje, tomei esse comprim...

O cadeirão do meu Avô

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A bem da verdade, o meu avô sentava se numa cadeira normal e esta era uma cadeira da "sala de jantar" mas, para mim, este será sempre o cadeirão do meu avô, o meu avô Picanço. Este meu avô é, sem dúvida, uma das minhas grandes inspirações.  Foi na maneira de ser do meu avô Picanço que fui beber muito daquilo que sou hoje: festas eram com ele, almoços, jantares, funerais e ideias para trabalhar, enfim, uma pessoa muito criativa. Já aqui falei deste meu avô e muito mais poderia falar porque as histórias da sua vida davam um livro. Não sei o que o meu avô pensaria desta fase da minha vida mas, acredito que ele só quereria ver a neta e a bisneta (que nunca conheceu) felizes e bem na vida. Por falar em bisneta, às vezes ponho me a pensar no meu avô que não era muito dado a modernices nem gaiatos saídos da casca, como seria a Maria a dizer as suas piadolas e sair com a sua esperteza ao mais alto nível, junto do avô Picanço! Só me resta mesmo imaginar e recordar este meu avô que par...