Oh tempo volta pa trás

Pois é, algum tempo já passou (vai para quase um ano) que saí definitivamente da cidade dos templários! Muita coisa se passou entretanto, no entanto, os 6 (SEIS) anos passados naquela cidade, vão deixar marcas (profundas) para toda a vida. No entanto, o que subsiste neste momento, ainda são as saudades da “boa vida” desse tempo que foi um misto de liberdade e de experiências novas.
São muitas as coisas, os locais, as experiências e as pessoas sobre as quais se desenvolve uma certa nostalgia, como por exemplo:
- Ir à Panificadora às 4h da manhã e depois ir comer pão com chouriço para os jardins do Convento;
- Dormir 12 ou 14horas de seguida;
- Ouvir o despertador tocar e virar para o outro lado e só levantar cinco horas depois, faltando às aulas, não pensando nas consequências;
- Não almoçar, porque estivemos a dormir, porque nos deitamos cedo (já era de manhã);
- Sair todas as quartas feiras à noite, apesar de irmos sempre aos mesmos sítios e de vermos sempre as mesmas pessoas;
- Passar a tarde no café ou numa esplanada, a conversar e a cortar no pessoal ou reviver cenas da noite anterior;
- Correr todas as lojas, todas as semanas, mesmo que não tivéssemos um cêntimo para gastar;
- Comer “comida de estudante”;
- Jantares de curso que nunca sabíamos como iam terminar;
- Chegar a casa ao nascer do dia;
- Viajar a qualquer hora da cidade dos templários para o Alentejo e vice-versa;
- Ouvir e ver a Tuna que em qualquer sitio improvisava um espectáculo.

Pois bem, o tempo passa, a vida corre, estive este fim-de-semana, em Tomar, à chegada, senti um arrepio pelo corpo acima, um misto de inveja por aqueles que ainda lá estão, mas sobretudo uma nostalgia de tudo e de todos e uma enorme vontade de pedir: (apesar de saber que é impossível) “Oh tempo volta pa traz”, enfim, isto tudo se resume a uma só palavra: SAUDADES, de tudo e de todos, dos bons velhos tempos em que podia fazer tudo o que está descrito acima e que hoje já não faz parte do dia-a-dia de quem viveu e se apaixonou na e por aquela cidade que nunca há de sair de dentro de mim…

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